Como pode?
Fico uns dias sem ver o Gatolino e fico louca de saudades.
Ele é um safado, nunca quer voltar da casa da vó Lúcia quando a gente volta de viagem loucos pra trazer ele pra casa.
Às vezes ele tá quietinho no meu colo, que nem um nenezinho e dá a louca nele e ele começa a morder e arranhar brincando, mas mesmo assim machuca.
Ele nos acorda às 5am só pra gente dar atenção pra ele, abrir uma fresta na janela, ver ele comer.
Mas não adianta, morro de saudades.
Adoro quando eu chego do trabalho e ele vem me esperar na porta. Mesmo antes de largar a bolsa e tudo mais que eu sempre carrego, já começo a fazer carinho nele e ele se joga no chão, de barriga pra cima, pedindo carinho na pança.
Adoro quando a gente está na sala, vendo tv até mais tarde, e ele começa a miar pedindo pra gente ir dormir, e deita junto, nos pés da cama, bem enroladinho.
Adoro quando ele dorme no puff da sala, e sonhando vai se retorcendo, se virando, até cair em câmera lenta e acordar espatifado no chão, hahahaha.
Adoro quando ele me acorda com beijinhos de nariz rosa e bigodinhos.
Adoro brincar com ele de pegar a luzinha vermelha da lanterna. De futebol com bolinhas de papel amassado.
Agora mesmo, ele tá aqui do meu lado. Todo enroladinho, na frente do ar condicionado quentinho, dormindo, ronronando. Espero que ele goste da nova casa dele, em Blumenau.